17 agosto 2006

Jorge Barradas (1894-1971)



















Jorge Barradas - Portugal

• 1930-1949: O azulejo é revisto nas suas potencialidades criativas a partir de António Ferro, que revaloriza as tradições nacionais da matriz da cultura portuguesa. Paulo Ferreira desenha para o Pavilhão de Portugal na Exposição Internacional de Paris, em 1937, o painel "Lisbonne aux Mille Couleurs" e numerosos artistas modernistas irão desenhar temas populares de maior agrado do público. Já o artista Jorge Barradas será o grande renovador da cerâmica artística portuguesa deste período, criando numerosas composições de azulejos e dando início a uma notável geração de ceramistas.
• 1950 - 1974: Na euforia do pós-guerra, o azulejo desaparece da paisagem urbana, arredado das escolhas populares. Serão os jovens arquitetos eruditos que revalorizarão a cerâmica enquanto revestimento ao convidarem jovens artistas plásticos para executarem projetos para as suas obras. Surgem desenhadores de projetos para azulejo, como a pintora Maria Keil e o arquiteto José Carlos Loureiro, além de Eduardo Nery e João Abel Manta. Outros artistas plásticos, como os pintores Manuel Cargaleiro, Querubim Lapa, Júlio Resende e Júlio Pomar, e as ceramistas Manuela Madureira e Cecília de Souza, exploram, neste mesmo período, as expressividades próprias do fazer cerâmico.
• 1975 - 1998: Durante este período o azulejo ganha visibilidade como criação artística através das grandes encomendas públicas. Exemplo notório é o do metrô de Lisboa, que desde 1959 usa o azulejo como revestimento de suas estações, utilizando a criação de grandes artistas portugueses e internacionais, como Zao-Wo-Ki, Undertwassen, Erró e Sean Scully. A grande Exposição Universal de 1998, a EXPO 98, propiciou igualmente a intervenção de jovens artistas plásticos através de projetos em azulejos de Pedro Cabrita Reis, Pedro Casqueiro, Ilda David e Fernanda Fragateiro e do monumental revestimento do Oceanário de Lisboa de Ivan Chermayef.
• 2000 : Após um século de sua criação, o azulejo parece ainda ser objeto maior na cultura portuguesa, tendo sua continuidade garantida através do trabalho de jovens arquitetos e artistas como Luís Camacho e Bela Silva.
A exposição "A Arte do Azulejo em Portugal no Século XX" poderá ser visitada no Museu Histórico Nacional até o dia 9 de julho.